27.6.04

no sábado à noite enquanto ele estava não sei aonde...
eu fico só comigo mesmo e só me resta a saudade como companhia
como companhia (iiiiia)
EU NÃO CONSIGO SER ALEGRE O TEMPO INTEIRO

eu nunca toquei nele.

mas aí eu vi o globo repórter...
"SIGNO LEÃO
é muito fácil reconhecer um leão em público: basta localizar o pavão do pedaço, que você chegou nele. ele estará abrindo e fechando seu leque emplumado, com um ar teatral e levemente superior, hipnotizando a platéia e esperando condescendente por aplausos. seus gestos são largos e suntuosos, sua fala tem pausas dramáticas e ele pronuncia várias vezes "eu", "me", "mim", "comigo" - um leão nunca deixa de anunciar que a idéia genial foi dele, e graças ao talento ímpar dele o projeto grandioso (dele) finalmente saiu. o mais insólito é que ninguém vai achá-lo pomposo ou antipático: ao contrário, todos continuarão magnetizados por tanta realeza natural. Pois o egocentrismo leonino não tem nada de mesquinho. o leão é até pródigo demais: um rei que paga banquetes, empresta o carro e dinheiro de olhos fechados e arranja colocação para todos seus conhecidos, só esperando dos agraciados o devido reconhecimento e devoção eterna.
no coração do leão cabe todo mundo - o que lhe causa, às vezes, aborrecimentos inesperados. sua majestade, com toda aquela pose, é um tremendo ingênuo, e vive na ilusão de que tal o mundo é uma extensão das virtudes leoninas, e seus contemporâneos são réplicas motorizadas dos cavaleiros da távola redonda. é aí que o leão quebra a cara. mas nem assim abaixa a juba - ele é orgulhoso demais para ficar remoendo as mesquinharias do dia-a-dia, que encara como meros acidentes de percurso. sua falta de objetividade é diretamente proporcional ao otimismo narcisista: todo leão está convencido de que o sol se levanta para ele, não por motivos astronômicos.
portanto, ame-o ou deixe-o. e se você se decidir pela primeira hipótese, ganhará uma fera em lealdade para o resto da vida. porque, ao contrário do astro que rege este signo, o sol, o leonino não brilha sozinho. depende de alguém para conseguir irradiar luz - e isso ele reconhece. sem um refletor que amplie e aperfeiçoe sua auto-imagem, ele não passará de um empoeirado e gasto leão de tapete."
97,5% está correto.

- tu sabia que eu sou loira?
- loira é?
- desde quando?
- sei lá, desde agora, pode ser.
- é bem gostosa mesmo. de tão gostosa que é chega a ser irritante.
- tu acha mesmo?
- sim, fica se fazendo de difícil! gostosa total.

eu preciso encontrar um lugar pra eu dançar e me escabelar, né?!
tem que ter um som legal, tem que ter gente legal e tem que ter ah, cerveja baraaata


letras do wander wildner, signo de leão de um livro de signos que eu roubei da bethiele e conversa com o cirion que não tem nem respeito e nem nada pra fazer.

25.6.04

o dia frio, cinza, tudo molhado, desses que não dá pra ver a parte de cima de cima dos morros encobertos. as nuvens aqui embaixo.
e a dona wandir de chinelo de dedo e sem meias, sentada de forma cansada na frente da minha casa depois de ter feito em 30 minutos, em passos de formiga mesmo com aquelas pernas de elefante, aquele trajeto de 10 minutos do mercado até em casa.
com 3 sacolas pesadas e eu fiquei um tanto torta para um lado por ter carregado as três, tentando ajudá-la a chegar em casa.
eu sempre tinha visto por fora o interior da casa onde se jogava carta todas as noites, mas nunca havia entrado. a casa de madeira, amarela com janelas brancas e o profundo contraste com a escuridão de dentro e poucos móveis, nada no meio, velho não gosta de nada no meio da sala que é para não se machucar. velho se machuca fácil.
foi o filho dela que casou com uma guria da internet e foi morar em são paulo.
mas assim que entramos, ela se atirou ofegante na cadeira de balanço, e eu tomei um susto quando ela foi pra trás, já que desconhecia essa atividade da cadeira.
larguei as compras no chão mesmo e fui embora sem fechar a porta, é escuro demais lá dentro...
e será a dona wandir mais uma dessas senhoras, pobres senhoras, que a única coisa que fazem é esperar a morte chegar?
e será que eu vou ser assim também quando estiver nos meus 70, 80 anos (sim cristina, eu pretendo passar dos 30)?
sinceramente, se for pra ser assim prefiro morrer antes. antes morta embaixo da terra ou dentro de um potinho do que morta em vida e agonizante.
foi aí que meu pai passou de carro e mesmo sem buzinar atrapalhou minha reflexão. quando eu o vi esqueci a velhice, lembrei imediatamente da infância.
e agora ele também é só mais um velho...

24.6.04

primeiro pareceu que era tudo combinado.
perguntas bobas para não ir direto ao ponto. o ponto sim, tinha um ponto e eu imaginei que fosse aquele mesmo.
mas foi só naquele momento...
depois eu falo. não, acho que não vou falar nunca mais nesse assunto.
hoje eu "vi" tudo ir por água abaixo, a casa cair ou seja lá o que for.
mas eu não posso demonstrar, ou posso?
acho melhor me aquietar e continuar tentando.
sempre, afinal de contas, aqueles olhos...
e eu ainda quero aquela boca.

droga!

20.6.04

a mãe que tricota na sala.
a filha que não incomoda porque "ela passa o dia inteiro no quarto estudando ou ouvindo música", e a outra filha que não conversa mais e fuma escondido no seu quarto.
além do filho caçula, que não aparece na imagem porque não mora mais na casa.
e a casa é vazia, em cada cômodo uma só pessoa, exceto no domingo e aquela uma hora e meia em que a família não é uma instituição falida.
e embora o bolso seja o mesmo, as vidas, é cada uma no seu canto. são independentes meio sem ânimo mas com muita força de vontade(nem sempre).
o quadro é quieto e sem movimento, ele é só, não tem companhia e todos os dias é o mesmo, no aniversário, no dia das mães, no natal, no ano novo... salvo esses dois últimos por alguma garrafa de espumante.
a imagem é uniforme em almoços solitários, cafés da manhã/tarde e jantares que não existem. cada panela, uma mesma comida para cada estômago, em separado, claro.
e o pequeno que há muito não vem, já faz falta, junto com seus problemas que não são infantis conforme sua idade e a intensidade deles. mas a mãe parece querer esquecer, já que não levanta do gancho o fone do telefone na sala. já que nem fala mais o nome dele. a não ser quando o soe da escola adventista chama, e ele chama quase todas as semanas.
isso tudo está num álbum mental com uma força inexplicável de guilhotina psicológica que, há poucos dias, teve mais uma imagem adicionada: a da mãe que recebe a filha com um beijo.
mas não, essa se era pra ser, não é uma imagem bonita. o mais que se pode dizer dela é duvidosa. imagem enigmática, que pede para ser questionada. afinal, de onde veio mesmo esse beijo? de um mero impulso ou do coração?
a filha que não incomoda está certa de que a primeira opção é a mais correta.

17.6.04

- olha só! pelo menos eu não sou a única, aquele cara que vai indo ali é do meu tamanho!
- ah, o que eu queria mesmo era ser baixinha, bah, meu sonho.
- ih guria, nem fala uma coisa dessas! tu não sabe a tragédia que é ser pequena.
a primeira coisa é ir em show, é horrível ir a show desse tamanho. tu não enxerga nada e tem que ficar brigando com os caras pra poder dar um jeito e chegar lá na frente.
depois tem que quando tu é baixinha, é uma coisa pequena e portátil e por isso sempre te levam aonde querem.
todo mundo brinca contido e tá sempre rindo de ti, porque afinal de contas tu é pequena e então eles podem fazer gato e sapato.
- hahahaha.
- olha, eu não tenho muitos problemas, já me conformei com esse tamanho, mas é uma das minhas muitas frustrações.
pô, quando tu é pequena ninguém te olha, ninguém te enxerga; tu nunca é notada.
- hahahaha.
- e não tem graça!
isso não é nada ainda. ainda tem quando tu vai no mercado e nunca alcança nos produtos que estão lá em cima nas prateleiras. tudo por causa desse tamanho maldito!
da primeira à quarta-série tu sempre tem que ficar bem na frente da fila.
e quando tu vai no cinema, sempre tem um cabeção enorme que senta bem na tua frente e ainda ergue a cabeça de forma que tu não consegue ver o telão.
- hahahaha.
- e tu pensa que acabou? que nada!
ainda tem que sempre te pedem para passar pelos lugares pequenos, porque tu é uma pessoa pequena e pode. e sempre é tu que tem que pôr a tua mão pequena nos buracos pequenos quando é preciso, isso geralmente quando se perde uma chave ou algo minúsculo.
e o pior de tudo é que não tem jeito de tu ficar um pouco maior...
- ah, mas eu acho tri ser baixinha.
- ah, uma pinóia! e vamos entrar que já bateu.

é por essas e por outras (mas mais por essas mesmo) que eu gosto tanto de roda gigante.
lá do alto, tudo fica pequeninho enquanto que eu, eu fico grande, maior e dona de tudo.

15.6.04

e como não entendeu o recado, ou se fazendo de desentendido, voltou a ligar e ela aceitou seu convite para sair.
em calça curta meia-canela e cabeça raspada, ele é o ócio não criativo, o amor venenoso apolítico, iletrado e da sua boca saíam poucas palavras...
e a "conversa" se deu mais ou menos assim mesmo, tímida, constrangida e monossilábica.
ele mudou e ela não é mais a mesma para com ele.
e ele com aquela sua tentativa frustrada de abraços, mão no ombro e apertos que ela negava.

na biboca onde "aqui tem tudo o que é veneno musical", ele estava à procura de cds oi!, enquanto que ela queria chico.
definitivamente não se encontram mais.

mesmo assim, na mesa da lancheria houve dois beijos sem amor, sem querer, sem sentido, sem sentimento, que ela esqueceu minutos depois.

ele chorou e ficou olhando com aqueles olhinhos tristes e embaciados, focando-a com uma certa dose de ódio bastante perceptível. mas ela não é tão má assim e o poupou da pior notícia: o outro.

na bolsa dela ele pôs uma carta às escondidas que ela leu indiferente.
no dia dos namorados, um certo desdém por parte dela.

apesar de tudo ele voltou a ligar, ela atendeu mas quis desligar logo. ele não deixou e fez perguntas as quais ela respondeu, mas ele não se conformou com as respostas e ela teve que ser ríspida.
ele desligou o telefone sem se despedir.
ela tem certeza de que foi melhor assim.

música de fundo: los hermanos - do sétimo andar

11.6.04

a coisa mais interessante é que nunca fomos formais. menos ainda, brincando de lutinha no parque harmonia com carros e pessoas passando no horário de pico.
mesmo quando íamos ver as exposições (e disso tu não gostavas), mesmo quando a cerveja era por minha conta no cavanhas.
e o nosso linguajar servia muito bem para mostrar isso:
- eu não quero ir!
- ah, então vai à puta que te pariu.
e nunca ficava por isso mesmo...
eu até arrisco dizer que era bem engraçado. depois de dois meses (?), e deixa-me contar aqui o tempo, desde aquele show da this no garagem hermética, ou melhor, desde o sofá do lendário garagem em 2 mil e alguma coisa que não me lembro até o show do los hermanos esse ano.
é verdade, eu ligo, mas nunca fui muito boa com datas, em guardar o dia 2 de cada mês como fazem quase todas as gurias. desleixada, sim senhor e depois de um tempo já estávamos íntimos.
até naquele submundo em vivemos durante uns meses da vida, ao qual tu foste levado por mim e do qual saíste também por minha causa. sempre eu, sempre eu na tua vida. agora não mais.
te dei a carta de alforria (que era o que significava, segundo tu mesmo) e tu choraste, não sei por quê. era tu quem não amava mais nessa história e a cássia eller estava absolutamente certa quando cantou que é preciso um veneno anti-monotonia.
aquelas brigas do inferno.
eu enjoei.
era tudo muito louco e ninguém acreditava na gente, nem quando dormíamos juntos. as brigas com os outros e aquela noite no carro do bruno.
quando chegávamos em casa caindo pelas tabelas - e era ali que estava o veneno anti-monotonia e o melhor cara de todos - e nos atirávamos na cama, mas não dormíamos direto.
e eu me lembro de como eu falava de política, de economia e de todos esses assuntos (que tu deverias achar um saco ouvir) antes de tudo acontecer.
e agora consigo lembrar de como tudo começou bonito: pegar na mãozinha, amigo amiguinho, tardes de redenção e tu me levando na parada sempre. e eu achei que tu quisesses ser só meu amigo... mas só até o sofá aquele.
eu acho até que tu me conquistaste. mas olha, não deu certo depois.
tu botaste tudo a perder, e eu não te culpo, mas agora não tem mais volta. de um jeito ou de outro, eu era legal.
nós éramos nós, os dois, "o casal". todo mundo queria a gente junto, sempre junto e não sei por que isso tudo...
mas na verdade somos dois fracos (embora eu seja bem mais forte que tu), somos dois cagões da vida. primeiro tu me despachaste, depois eu é que te mandei pastar.
e podes ir que não tenho mais ciúmes.
podes ir com essa cabeça raspada que foi o que tu sempre quiseste. eu tenho ódio, ora bolas! eu gosto de cabelo, muito cabelo, ora bolas!
vai com o teu 1.84 cm. grande, muito grande...
nunca me levaste pra sair no meu aniversário.
vai pra eu poder ficar estudando. vai pra eu afiar mais as minhas ambições.
eu nunca te chamei pelo teu nome verdadeiro.
nós só fomos perfeitos até os primeiros 6 meses. eu gosto de intensidade, muita intensidade. eu gosto de extremos e agora eu quero um amor forte, uma companhia forte e um gole daquela tua vodka.
podes ir para as tuas amiguinhas de cabelo rosa e guriazinhas agora.
podes ir pro diabo que te carregue (no bom sentido, é claro) que eu vou ficar lendo (como sempre) e mais para o fim da noite, vou te ligar pra dizer quando passo aí para buscar minhas coisas que já estão aí faz uns 2 ou 3 meses. mas vai ser só isso.
dessa vez não vai ter beijo e nem assédio. pode esquecer.
e tenta entender, não vou cair nessa de novo.

ah, lembrei agora, foi 2 anos e meio?
música de fundo: vanessa da mata - onde ir

10.6.04

estopa engraxada de mecânico que fechou a oficina.
uma estopa suja, manchada de vermelho que é pega por um monte de mãos que não sabem o que fazer com ela e por isso a apertam.
apertam, apertam e a espremem todinha.

mas com aqueles dois ali no sofá eu sinto inveja. já faz um tempo... não é nada que desperte o meu espírito assassino, mas sim o meu espírito de querer uma coisa assim meio parecidinha.
aqueles dois... não, não são perfeitos, mas me inspiram, assim como eu inspiro um moço. mas eles vão muito mais fundo.
e eu sinto um buraco no lugar.
assim como também me sinto mais criança nessa calça rosa e nesse blusão listrado de um outro moço.
mas isso não dura, é que eu penso naquele pescoço, naquele cabelo, no canto daquelas orelhas e naqueles olhos dos quais eu ri no primeiro momento.
e é aí que eu invejo mais não poder ter e só sentir o buraco. maldição!
eu quero puxar aquele cabelo, segurar com força. circundar com a língua aquela orelha esquerda até aquela parte que não sei se tem nome. e eu já tentei ver o beijo, sentir, mas isso é profundo demais para simplesmente imaginar.
mão na mão e peito no peito, assim como as minhas mãos naquele cabelo, minhas mãos naquele cabelo, minhas mãos naquele cabelo...
quando isso se torna uma espécie de boa obsessão, quando a inveja não mata, quando a oficina mecânica reabre, eu, perdida, me sinto feliz.

7.6.04

por ontem

quem tem açúcar nas veias e gosta do perfume mais doce.
quem tem inveja e fica sonhando, imaginando como seria, como poderia ser.
quem tem sempre os verbos no futuro do pretérito e para quem a vida mais parece mesmo passar nesse tempo.
quem perde tempo e tem medo. quem sempre pensa que não vai conseguir, mas por que iria?
quem não sabe nunca para que lado correr e acaba ficando parada. estaca. estátua.
e aí as coisas vão ficando cansativas, quem acha, vai se tornando desistível. tudo desistível. mas quem sempre tem um alvo e não desiste, apenas se torna desistível.
quem é que vai fazer o quê se não consegue fazer nada?
quem vive de menos, mas pensa demais. vive demais no menos. sempre o menos, mas não dessa vez. dessa vez não, por favor!
e quem não reza, mas tem fé em si mesma e nessa fé. mas se deus existir, ele há de ajudar.
deus não existiu há 12, 13, 17 anos atrás no meio de toda aquela reza desesperada, gritos mudos e diante da visão do inferno; o mau pode vencer sim. deus não existiu ontem de noite, por isso, nem conte com ele.
quem não conta pra ninguém, ou conta, uma história sem detalhes.
quem se atrela ao fato, vai direto ao ponto mas não chega a lugar nenhum com isso.
quem não faz nada e se acha um trapo, mas às vezes tenta ser o que é e não só o que parece ser (quer se sentir inteira).
quem tem raiva e não chora em despedidas. fica braba.
quem é desprovida de qualquer espécie de sorte, tanto no jogo, quanto no amor, amor, amor...
e se perde.
vai se encontrar devagarinho e, quem sabe com essa mesma velocidade, também encontre *. com paciência, com muita paciência. e cadê quem não tem controle e quase tem que ir para o hospital por excesso de felicidade?
tá no quarto sentada e tentando entender tudo. sem os remédios e sozinha.
não vai dar em nada (e olha o que eu acabei de falar), mas vai tentar mais uma vez.
não é mais triste e tem outras preocupações. quer sair dos 9, 10, 12 anos.
quer ficar grande no corpo pequeno e preencher os espaços. todos os espaços.
quem ainda não sabe se arrisca e não sabe como arriscar. mas quem se anima?
eu estou muito animada!

então hoje pode passar um x em quase tudo isso aí em cima.

música de fundo: cássia eller - (não sei o nome)

5.6.04

sexta-feira de noite e o meu horariozinho livre.
a luz da lua cheia passando por aquela fresta da janela e iluminando a gente, mesmo sendo um a luz dos olhos do outro.
e ele não tem consciência de que lambendo a ponta dos meus dedos assim me faz pensar em uma outra coisa... que está por aí não sei onde...
e daí eu posso até estremecer.
é que eu penso que poderia bem ser "alguém" porque eu senti que faltou alguma coisa.
e eu como morta. mas muito viva mesmo, só que de olhos fechados por dentro, é claro. o escuro é um bom esconderijo. mas até quando?

e como hoje é noite de sexta-feira , noite tipicamente de boemia (e aí podiam entrar garrafinhas de bohemia também) eu tenho vontade de sair, ir numa festa qualquer, dançar... dançar com qualquer um ou com "alguém".
então eu valsaria com "alguém"...
eu dançaria o valsa nº 5 de chopin se eu soubesse valsar, se uma valsa tocasse e principalmente, se "alguém" me quisesse para formar um par.
...
mas por enquanto só o que se tem é Örvar Þóreyjarson, Kristín e Gunnar Örn tocando sem parar e alegrando essa noite já perdida, além desses pensamentos meramente ilusórios que pisca-piscam aqui por dentro agora.
eu deveria dar uma banda...

música de fundo: múm - we have a map of the piano (de novo, novamente e ainda mais uma vez.)